quinta-feira, 12 de março de 2009

Violência da exclusão, violência da marginalização

Um dos mais dramáticos sinais da crise democrática dos regimes políticos de todas as latitudes manifesta-se pela exclusão de qualquer tipo.

De facto, as diversas expressões da exclusão traduzem uma postura desumanizada das sociedades, com manifestações significativas da desvalorização da cidadania e a hipertrofia do egoísmo social que conduz às diversas manifestações da marginalidade.

O professor Alfredo Bruto da Costa, olhando para as diversas formas de exclusão existentes na Europa, sistematiza-as em cinco tipos:

1º Tipo: Exclusão causada por falta de recursos. Estamos aqui no caso da pobreza entendida como situação de privação por falta de recursos.

2º Tipo: Exclusão por factores de ordem social, ou de organização social. Trata-se de sociedades configuradas de modo a que determinados grupos não tenham lugar nelas (os idosos, os deficientes, os imigrantes, etc.). Sociedades que se fecham a determinados grupos.

3º Tipo: Exclusão por factores de ordem cultural. Temos aqui factores como o racismo, a xenofobia, etc., que excluem sobretudo minorias étnicas e culturais.

4º Tipo: Exclusão por factores patológicos, tais como doenças psiquiátricas, ou outras.

5º Tipo: Exclusão por comportamentos auto-destrutivos. São exemplos a toxicodependência, o alcoolismo, a prostituição, etc.

Estes tipos de exclusão não são independentes. Eles podem sobrepor-se e um tipo de exclusão pode levar a outro tipo de exclusão.

É imperativo que todos possam desfrutar de oportunidades económicas, sociais, culturais, etc., sem nenhuma discriminação. A exclusão e a marginalização podem conduzir à frustração, à hostilidade e ao fanatismo. Constituem um travão à coesão social, e por vezes, fonte de comportamentos violentos.


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